Viajamos sem a pretensão de conhecer todas as vilas, visitar todas as atrações ou fazer toda a rota do vinho, seria impossível com o pouco tempo que estivemos lá.
Nossos planos eram mais simples, queríamos apenas aproveitar um lugar diferente, fazer um passeio bacana, namorar um pouquinho, admirar paisagens, comer e beber bem.
Sem muitos compromissos turísticos na agenda mesmo.
Sem muitos compromissos turísticos na agenda mesmo.
Focamos num trecho da Alsace para passar o fim de semana, ali na região entre Colmar e Saint Hippolyte.
Essa decisão permitiu que fizessemos uma viagem rápida, mas sem correria, está tudo muito perto, cada vila está separada por pouquíssimos quilômetros e muitos vinhedos, então íamos de um lado a outro - dentro dessa área que definimos - com muita facilidade.
Pegamos o trem em Paris com destino a Strasbourg, a capital da Alsácia, lá tínhamos um carro alugado na Hertz e a ideia era ir descendo pela rota do vinho até chegar a Colmar onde tinhamos reservado hotel por duas noites.
Strasbourg não estava no roteiro, mas quem disse que resistimos aos encantos dela?
Chegamos no sábado às 9h, retiramos o carro e antes de pegar a estrada pensamos em dar uma voltinha no centro, conhecer pelo menos a catedral e ver umas casinhas coloridas.
Passamos por feira de bairro, feira de antiguidades, morri com várias padarias e todos os pães e baguetes expostos, barraquinhas vendendo bretzel e crepes, comia tudo que via pela frente sem me preocupar com as calorias. Estava feliz, muito feliz.
A região da Alsácia foi por séculos alvo de disputas e guerras entre ambos países: foi anexada a França na época de Louis XIV, depois foi reunificada a Alemanha após a Guerra Franco-Prussiana de 1870, o jogo virou e esteve sob o domínio alemão até o final da Primeira Guerra Mundial, quando a Alemanha a cedeu de volta à França no Tratado de Versalhes.
Eu senti esse iô-iô histórico muito presente em tudo que vi, a referência francesa e alemã está em todos os lugares: na arquitetura, culinária, linguagem do povo, religião, etc.
Encontrar escargot e choucroute no mesmo cardápio é moleza, pessoas falando francês-alemão também. Eles produzem vinho e também cerveja.
Já impressionados com tanta riqueza histórica, nos deparamos com a Catedral de Estrasburgo - Cathédrale Notre-Dame-de-Strasbourg - e sei que não vou conseguir descrever nem um tiquinho da emoção de estar ali.
Precisei tocar para me convencer que era tudo de pedra...
Mexeu de um jeito que apesar de todo o fuzuê da turistada, eu quis parar e agradecer. Ascendi uma vela numa igreja pela primeira vez na vida e rezei.
A catedral é incrível e diria que vale a pena ir a Strasbourg só para conhecê-la. Tudo é impressionante, cada detalhezinho é belo.
O interior da catedral conta ainda com um relógio astronômico que me deixou hipnotizada mesmo sem assistir o espetáculo que ocorre às 12:30:
"Um anjo faz soar o sino e outro gira a ampulheta. Nesse momento, quatro personagens começam a se mover, passam pela morte que faz soar um sino de prata, marcando o quarto de hora: a criança, o jovem, o adulto e o velho.No último andar, os 12 apóstolos desfilam diante do Senhor. Quando é a vez de Pedro, o galo, que fica pousado à esquerda do relógio, no alto, bate as asas e canta. Faz isso três vezes." Fonte: O Globo.
O Youtube salvou minha curiosidade, achei esse vídeo com o relógio em movimento:
E quem ainda tiver fôlego, pode subir as escadarias da altíssima torre gótica - uns 300 e poucos degraus, rá! - e apreciar a cidade do alto. Não duvido que vale muito a pena.
Deixamos a fantástica Strasbourg e caímos na estrada!
Continua...
PÁRA TUDO. GENTE!
ResponderExcluirQue demais! Cidadezinhas na Europa, que demais! <3
Mal posso esperar pra engolir as padarias parisienses. Só comida boa!
A catedral é mesmo linda, Jamile! Que passeio único e incrível!
Demais essas cidadezinhas, Bá! Dá vontade de ficar toda a vida aí hahaha!
ResponderExcluirAi as padarias, uma tentação em cada esquina!
Beijo!