Istambul

Outro dia passeando em Istambul.

Acordamos o mais cedo que conseguimos, tomamos um cafezinho no hotel e aí rua novamente! ;)

O dia começou com uma visita ao Palácio Dolmabahçe.

O Dolmabahçe está ao lado europeu do Bósforo e foi o primeiro palácio de estilo europeu construído em Istambul. 

O lugar substituiu o Palácio Topkapi como residencia dos sultões até o ano de 1924 e hoje é um museu que exibe todo luxo e poder que envolvia o Império Otomano: é grandioso, belo e refinado, nada menos que 14 toneladas de ouro decoram o teto do palácio!

A visita é dividida entre o prédio principal - Selameik - e o harém.  O ingresso para a parte principal custa 30 liras turcas e para ter acesso ao harém o valor é de 20 liras turcas, optando visitar ambos há um desconto e a entrada fica a 40 liras turcas (mais ou menos 20 euros). 

                                        Calçando os sapatos para entrar no palácio!

Tanto no harém quanto no prédio principal, o tour é guiado - em inglês ou turco - e não é permitido fotografar o interior dos edifícios.  

A guia que nos acompanhou era pouco carismática e repetia as informações sem nenhuma emoção ou entusiasmo. Ao contrário dela, todos os visitantes estavam boquiabertos com a exuberância e as histórias do palácio.

Para quem ficou interessado em saber mais sobre o Dolmabahçe ou ver fotos da parte interna, recomendo a leitura desse blog. 

Depois de conhecer o palácio, nos encaminharam ao harém: um pouquinho de fila, novo grupo e novo guia, um tantinho mais simpático rs.

O harém é um universo que mexe com nossa imaginação, né? O interessante é que muita coisa do que eu imaginava que fazia parte da rotina num harém não passava de falsos conceitos.

Claro que não precisava ir a Istambul para aprender a história real, mas viver essa experiência de novos conhecimentos caminhando pelos corredores e salões de um harém de verdade fez no minimo a viagem valer a pena.

Não é um passeio para fazer correndo, então vá sem pressa! Você irá passar no minimo 2 horas lá, o lugar é enorme, as vezes há filas, temos que esperar os horários das visitas guiadas, etc.

O palácio não está aberto às segundas e quintas-feiras. O horário de visitas é das 9h às 17h.

Foi a única atração que não fomos andando desde o hotel. Para chegar ao palácio pegamos o bonde na estação Sirkeci e descemos na estação Kabatas. 

É bem fácil usar esse transporte, compramos as passagens na maquininha próxima a estação (são conhecidas como Jetonmatk e daí selecionamos as instruções em inglês, lógico rs). Basicamente coloca o dinheiro e recebe o bilhete - essa uma moedinha ou ficha de plástico vermelha - que introduzimos nas catracas de acesso à plataforma do bonde.

Para voltar a Sultanahmet pegamos novamente o bonde e decidimos conhecer o famoso Grande Bazar.

Em volta do mercado há muitos restaurantes "pega turistas", paramos aí para comer as pizzas turcas, que de diferentes tem mais que nada o formato rs. 

Na hora de pagar a conta um truquezinho vagabundo: o garçom que nos atendeu sumiu, a conta veio errada e cobrando o chá que não pedimos e insistiram que aceitassemos como cortesia, explicamos ao novo garçom que se fazia de desentendido - com o inglês e a situação. 

Já tinhamos observado que outras 2 mesas questionaram a conta e desconfiei que a nossa viria com algum problema também. Esperamos uns 45 minutos para resolver, a diferença não era tão grande, mas fiquei indignada com a cara de pau. 

Acabamos pagando um valor equivocado para sair logo dali: menos do que eles queriam cobrar a principio e mais do que efetivamente consumimos. 

Chegando no Grande Bazar já esqueci do pequeno stress e me perdi olhando mil coisas ao mesmo tempo, é muita gente, é muita lojinha, é muito produto diferente.

Não esperavamos comprar nada agora, ando mesmo menos consumista e pensava que poderiamos comprar alguma lembrancinha na viagem de volta daqui a uns meses, de repente me vi querendo toda a casa com decoração turca rs!

Até o namorado se animou e compramos umas coisinhas já para decorar nosso cantinho provisório em Dublin, compramos olhos turcos em chaveiros, imã de geladeira, almofadas, cerâmicas, pashminas, etc. Só não trouxe tapetes e luminárias porque o bom senso gritou rs! :P

Muita gente fala que a regra é pechinchar e vou contar que não encontrei muitos turcos dispostos a esse joguinho. Sai com a impressão que o negócio já anda com preços fixos. Consegui descontos simbólicos, nada como havia lido sobre "no final você irá comprar pelo menos pela metade do preço inicial". 

Há mais disposição para negociar produtos mais caros, por exemplo onde compramos as almofadas um senhor insistia para que levassemos tapetes e aí contava toda a história da vida dele, da produção, blá blá blá... Não levei, mas o desconto foi tentador. Já para coisinhas pequenas, lembrancinhas, o preço não mudava muito do que estava exposto.  

Saimos do mercado e flanamos um pouco mais pela cidade. Passamos novamente pela praça da Mesquita Azul e Aya Sofia e vimos como elas são lindas também a noite.

Termino aqui os posts dessa primeira passagem por Istambul, já com bastante expectativa pela volta, ainda há tanta coisa para explorar...

Abraço! ;)