Chegando em Istambul

Os primeiros momentos em território turco foram tensos.

Passar 16h dentro de um avião talvez justifique minha lerdeza na chegada: no corredor entre a aeronave e o aeroporto me perdi do meu namorado e ao contrário das outras pessoas que seguiam andando para o controle imigratório, eu fiquei parada esperando ele aparecer. 

Daí que estava pela primeira vez na Turquia, olhava tudo em volta com um certo encantamento de quem está por descobrir indícios de uma "cultura diferente" e aí vi umas pessoas com uns cartazes como se estivessem esperando os passageiros do vôo, pensei "que estranho... nem passamos pelo controle de passaporte!", vi uma plaquinha com um nome parecido ao meu - meu nome é de origem árabe -  fiquei surpresa e encarei o rapaz que segurava a placa. 

Segundos depois um homem se aproximou e falou algo que não entendi, me assustei e sai caminhando, ele veio atrás e eu só entendi "seu passaporte", tenho quase certeza que soltei um sonoro "oxe!" para o estranho abusado e continuei caminhando, ele segurou meu braço e mostrou uma credencial da polícia (ele estava vestido com roupas comuns): choquei! 

Por sorte nesse momento meu namorado me encontrou, mostrou nossos documentos e respondeu todas as perguntas - em inglês - porque apesar da consciência limpa, fiquei nervosa com a situação de ser questionada pela policia turca.

Depois de convencer essa pessoa de que eramos efetivamente turistas e não traficantes (Oi Glória Perez!), seguimos para o controle de passaporte: a mulher carimbou sem se dar o trabalho de responder o boa noite.

Passado o susto, tive que rir da minha cara por ter caído nessa especie de operação fake, não fazia o menor sentido aquelas pessoas paradas ali e eu não tinha nada que ficar bisbilhotando o que eles estavam fazendo.

Para entrar na Turquia não é obrigatório o seguro viagem, mas acho essencial viajar com a garantia de um seguro. E a imigração não costuma fazer perguntas, você só não deve parar no meio do caminho rs! :P