terça-feira, 30 de julho de 2013

Edimburgo

Nessa viagem buscamos hospedagem pelo AirBnB, para quem ainda não conhece, é um site onde as pessoas disponibilizam quartos, casas e apartamentos para alugar.

Há muita opção interessante em praticamente todas as cidades do mundo. Foi nossa segunda experiência com o AirBnB e novamente ficamos bem satisfeitos. 

Dessa vez ficamos no apartamento de um casal polonês que vive há mais de 8 anos em Edimburgo. 
O bacana é que além de conseguir um espaço só pra gente pagando o mesmo que pagaríamos num hostel dividindo o quarto com X pessoas, podemos trocar ideias com as pessoas que moram ali, que não vivem do turismo e tem uma visão muitas vezes mais real da cidade.

No segundo dia acordamos e nosso anfitrião nos contou que estava indo comprar peixe fresco na região de Stockbridge, ele comentou que lá não era a área mais turística de Edimburgo, mas que o bairro era bem interessante e abrigava também o jardim botânico, que em último caso já valia o passeio.

Aceitamos a sugestão, pegamos a carona e adoramos o lugar!

Caminhamos pelas ruazinhas, há vários estabelecimentos comerciais, pubs e casas fofas, cheguei até a pensar que poderia viver ali rs, foi onde senti a cidade com um ritmo mais comum, vi crianças brincando, pessoas fazendo compras no mercado, gente com cara que estava indo ao trabalho... essas coisas simples do cotidiano mesmo.

Passando pelo Inverleith Park vi uma aula de ginástica que achei curiosa, um professor passava exercícios que as mães podiam fazer com os carrinhos de bebês ao lado, até corrida com os carrinhos rolava.

Chegamos no Royal Botanic Garden e a principio íamos dar só uma olhadinha, voltar para o centro e continuar nosso roteirinho turístico, ficando com o terceiro e último dia da viagem livre para fazer alguma excursão ou pegar o trem para alguma cidadezinha próxima a Edimburgo (fica a dica de St. Andrews).

Pois, passamos algumas horas no jardim botânico! O lugar é enorme, estava lindo demais cheio de flores por todos os lados que nem sentimos o tempo passar.






Do Royal Botanic Garden fomos andando até o centro, uma caminhada boa que deu para cansar e aumentar a fome rs! 




Já na Royal Mile, paramos para comer no Tavern Royal, comemos nesse pub no dia anterior e estava tudo tão gostoso que repetimos o lugar.

Os preços são bons - média de 8 libras - e os pratos são bem servidos, vale a pena provar a salada de queijo de cabra e peras caramelizadas, o clássico fish and chips e o hambúrguer da casa.

Na Escócia há um prato tipico conhecido como Haggis, estava certa que não chegaria nem perto porque acho nojento comidas com miúdos e partes raras de bichos, mas não é que terminei provando esse negócio?

Pedimos uma entrada com várias coisas fritas bem ao estilo dos pubs: batatas fritas, onion rings, pedacinhos de peixe empanados, queijo brie e no meio disso tudo estavam os bolinhos fritos de haggis! O namorado provou primeiro, aprovou, eu arrisquei e até gostei rs! 

Nos mercados vendem os haggis enlatados, mas aí já não tive estômago para provar.



Passeamos mais pela Old Town, nos perdemos em alguns wyndscloses, que são passagens secretas passagens estreitas, becos que rendem boas fotos e revelam praças e edifícios que nos levam a uma viagem no tempo, muita gente diz que os windys e closes guardam a essência de Edimburgo.

Muita gente acredita também que por aí está todo o mistério do lado fantasmagórico, gótico ou paranormal da cidade. 



O mercado turístico explora essa parte sombria da história, há inúmeros tours noturnos que levam os corajosos pelos closes, cemitérios e câmeras da parte subterrânea, alguns tours têm até encenação! O mais famoso é o do Mary King's Close.

Em Edimburgo há uma cidade subterrânea da época medieval, esse lugar obviamente não oferecia as melhores condições de vida, havia muita umidade, pouca luz, péssimas condições de higiene e com o tempo as pessoas abastadas se viram obrigadas a buscar outra alternativa de moradia, surgindo a verticalização da cidade em cima dessa estrutura original.

A cidade subterrânea foi abandonada e passou a ser habitada por gente com poucos recursos, claro. Era um lugar propício a proliferação de doenças e conta-se que vendedores de corpos humanos iam aí buscar suas vitimas, ou seja, um lugar de muito sofrimento. Para os sensitivos ainda hoje é possível ver e ouvir o lamento dessas pessoas.

Preciso dizer que preferi conhecer esses lugares e essas histórias sob a luz do dia? :P

Se alguém encarou o tour noturno, me conta a experiência, please!

Continua...

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