quarta-feira, 19 de março de 2014

As 10 cidades mais bonitas que visitei

Semana passada estava lendo o blog da Bárbara e vi o post "As 5 cidades mais bonitas que visitei", mal terminei de ler e já estava fazendo minha listinha mentalmente também, é aquele tipo de papo contagiante, né? A gente se perde relembrando as viagens, os lugares, os causos que aconteceram e é uma delícia!

Então resolvi copiar me inspirar na ideia e escrever sobre as cidades que mais me encantaram nesse mundão de meu Deus. E pulei de 5 para 10 porque sou exagerada mesmo! :P

Não está em ordem de preferência, acho que não conseguiria mensurar e classificar desse jeito. Sem mais delongas, segue meu top 10! ;)




Eu pago pau pra França. Pronto, falei! Não sei de onde surgiu esse encantamento, mas fato é que tenho muito interesse em conhecer e aprender mais sobre o país, gosto do idioma, dos filmes, da arquitetura, culinária, etc.

Meio óbvio que alguma cidadezinha  francesa estaria nessa lista. Como não podia deixar de ser, a escolhida foi Ribeauville, uma vila belíssima e fofa na Alsácia, parece cenário de filme, você até se pergunta se é mesmo real. 

Além das casinhas coloridas, cheias de graça e flores, os vinhedos estão por todas as partes deixando tudo ainda mais lindo.


2) Nangyuan Island, Tailândia




A viagem pela Ásia foi cheia de altos e baixos, amores e desamores, mas aí eu lembro das ilhas da Tailândia e o coração enche de alegria.

Surreal esse mar, surreal mergulhar aí! Sabe quando seus olhos veem e você ainda fica bobo sem acreditar? Era assim que eu ficava quando chegava nas ilhas, era ter a certeza que aquelas fotos de folhetos turísticos e fundos de tela do Windows existiam mesmo.


A Argentina é um país incrível de norte a sul e muita gente só viaja a Buenos Aires para baladas e compras.

Minha primeira trip sozinha foi em fevereiro de 2010 com destino a Patagônia, que momento! Aliás, viajar sozinha é libertador, é uma coisa que acho que todo mundo deveria fazer pelo menos uma vez na vida.

Toda a imponência desse lugar mágico registrado com uma singela Sony Cybershot 10 mpx.




Fiz mini trekking no Glaciar Perito Moreno, até hoje custo acreditar que realmente andei nesse mundo de gelo. 



Minha Bahia é linda demais! Temos uma riqueza histórica e gastronômica que sinceramente encontrei poucas vezes em outros destinos. O grande problema é que pouca gente enxerga isso e é comum ver nosso patrimônio entregue às moscas, nossa identidade tratada com banalidade.

Mesmo com os problemas, eu ainda coloco minha terra entre os lugares mais lindos que já conheci. 

Poderia citar Itacaré, Boipeba, Praia do Forte, Chapada Diamantina, Salvador, etc, mas escolhi Morro de São Paulo porque é aquele cantinho que eu tenho que ir pelo menos uma vez por ano, me sinto em casa e acho a ilha bela. 






Foi uma alegria imensa conhecer Cinque Terre, todas as 5 terras são lindas! Cheiro de mar, montanhas, vinhedos, casinhas coloridas e toda essência italiana. Mistura arrebatadora, impossível não amar!






Ah, minha Ilha Esmeralda! A Irlanda é linda e desconfio que pouca gente sabe disso rs.

Cada lugarzinho fofo, verde, sensacional que descobrimos nesses 10 meses de vida na Irlanda.


Tive sorte de conhecer os cliffs num dia de sol e pude apreciar toda a beleza e grandiosidade desse lugar, apesar de ter sofrido um bocadinho com o vento. É daqueles lugares que você chega e fica sem palavras.



Foi o primeiro país que visitei que tinha uma realidade e estrutura verdadeiramente diferente ao que eu conhecia e foi uma surpresa maravilhosa.



Fiquei encantada com a cidade, com as comidas, com as mesquitas.


8) Edimburgo, Escócia

Meus dias em Edimburgo foram dias de sol, possivelmente uma exceção à paisagem cinza que a gente costuma associar ao Reino Unido. E entra na lista porque eu não esqueço esse quadro sensacional que é a cidade vista lá do Calton Hill : lindíssimo! 



Sem contar que o centro medieval e todo o lado misterioso dá um toque emocionante e também porque eu me divertia com a sensação de estar várias vezes no Beco Diagonal e isso não tem preço rs! #harrypotterfeelings


9) Cabo Polonio, Uruguai

O país que escolhi para viver tinha que aparecer aqui, né? Não por obrigação, mas se eu escolhi esse pedacinho do sul como lar é porque vejo muita boniteza nas terras charrúas.

Também poderia citar outros destinos no Uruguai, como o charme de Colonia del Sacramento, o por do sol na fantástica Casa Pueblo em Punta Ballena, o clima glamour-cool da badalada Punta del Este ou a simplicidade do campo.

Mas escolhi o lugar mais pitoresco do paisito: Cabo Polonio! 




Não é uma beleza certinha, é uma beleza mais bruta, natural. Tem muita relação com a energia do vilarejo, é especial. 

As dunas, o por do sol, as 'ruas' de areia, a pouca infra estrutura, o caminho para chegar no saculejo do caminhão, os bolinhos de algas, o farol iluminando, tudo se encaixa em Cabo Polonio.


10) Barcelona, Espanha

Barcelona é quase uma unanimidade entre os viajantes, mas eu não morri de amores como a maioria. Talvez por ter chegado com as expectativas lá nas nuvens, só sei que os 13 dias que passei não foram suficiente para sentir um xodozinho, aquele siricotico que eu tenho quando amo um lugar e em 5 minutos já visualizo minha vida inteira ali, sabem? 

Ainda assim tenho que admitir que Barcelona é linda, vibrante e com mil possibilidades. Passear e conhecer as obras de Gaudi já seria suficiente para colocar a cidade nessa lista, mas ainda há outras boas surpresas como o Montjuic, o bairro Gótico, as ramblas, Parc de la Ciutadella, Montserrat, La Boqueria, etc.



Foto com os braços abertos: fim hehe! :P

Super me empolguei e ficou enorme. Agora que vontade de arrumar a mala/mochila e cair na estrada, gente! E vocês, quais cidades entrariam nas suas listas? ;)

Obrigada a Bárbara e a Marcela (que inspirou a Bá com o post das 5 cidades mais bonitas que ela visitou rs) pela ideia e oportunidade de lembrar todas essas coisas lindas de uma vez!

Abraço!

sábado, 15 de março de 2014

St Patrick's Day em Dublin

Eu não estou na Irlanda, mas não pude escapar desse clima St Patrick's Day que toma conta dos irlandeses no mês de março.

Aqui em Montevideo, Pablo participa de um clube de cervejeiros, é um grupo de fabricantes de cervejas artesanais e todos os meses rola um pack com 6 cervejas destacadas de cada marca do grupo, daí a caixinha que chegou na semana passada era toda trabalhada na temática San Patricio e no livrinho que vem explicando sobre as bebidas encontrei mais "irish" do que qualquer outra palavra.


Suficiente para encher o coração de amor e nostalgia, né? 

Como não lembrar do nossos primeiros passos lá na ilha verde? Aquele momento lindo da chegada, onde tudo era novidade, descoberta e antes de completarmos o primeiro mês vivendo em Dublin, acompanhamos a  festa de St Patrick: muita empolgação!



Tinha muita curiosidade para saber como era a festa, muita gente dizia que era o carnaval da Irlanda, outros que não era lá tão animado, que o pessoal pirava o cabeção bêbado nas ruas, etc.

E chegou o dia, catei o que tinha de verde na mala, colocamos as coisinhas animadas que compramos na Carroll's e saímos como leprechauns serelepes... errr, mas será que não estavamos exagerando, pagando de turista? Veja bem, de Stillorgan até o Centro dava uns 20 minutos viajando no luas e se todo mundo estivesse vestido normal?

Rá! Bastou avistar a estação de luas para identificar vários amigos leprechauns: crianças, adolescentes, adultos, todo mundo trajando verde, definitivamente era uma festa irlandesa, celebrada por eles, não era uma festa criada para vender o país, uma parada de marketing somente para atrair turista e fiquei muito feliz de ver e participar.


Não chegamos cedo, então as ruas já estavam lotadas, parecia impossível encontrar um lugarzinho para ver o desfile sem mil cabeças na frente, mas no final conseguimos encontrar um canto e assistir tudo.

Na verdade achei mais parecido a um desfile de 7 de setembro do que um carnaval, muitas escolas se apresentando, bandinhas de sopro, fanfarra, muitas convidadas e levando bandeiras dos EUA. 

Não achei um desfile grandioso com roupas, alegorias e produções cheias de brilho, glamour, luxo ou poder, inclusive parecia muita coisa improvisada, tipo trabalho de escola e na boa? Achei bacana, achei autêntico! Menos ostentação e todo mundo se divertindo.




Algumas bandas passavam e levantavam a galera, as pessoas aplaudiam, acenavam, mandavam beijos, as vezes demorava um pouco para passar o seguinte grupo e assim foi até terminar.

Com o desfile encerrado, as atenções voltaram-se às ruas do Temple Bar, aí sim parecia uma mini micareta (pela quantidade de gente) e o abadá era verde! :P



Dentro dos pubs, cerveja e música rolando solta, todo mundo animado. Não ficamos até tarde da noite, então não vi como a coisa terminou por lá.

Os dias que antecedem o St Patrick's Day são dias de comemorações também, no ano passado ocorreram vários eventos, fomos a um show de música e dança irlandesa na rua ao lado do Parque Stephen's Green que foi lindo.

Ainda visitamos a fábrica da Guinness que tinha uma programação de shows com várias bandas locais.


No último andar da fábrica da Guinnes há um bar com mirante onde é possível ver grande parte da cidade e pudemos ver vários edifícios com iluminação verde em homenagem ao St Patrick. 

Lá no bar tinha dj e o clima era de festa, tinha muita gente, conhecemos um garçom irlandês que tinha ido ao Brasil e Argentina e ficou todo amiguinho nosso, ganhamos cervejas, demos boas risadas e tiramos muitas fotos.


Foram dias felizes rs! Esse ano não estaremos pelas ruas de Dublin, mas os acessórios de leprechaum vieram na mala, junto com o cd da Mutefish (uma banda maravilhosa que se apresenta na Grafton Street e Temple Bar) recheado de música irlandesa da melhor qualidade, temos o pacote completo para festejar! 

Viva St. Patrick's Day! ;)

sábado, 1 de março de 2014

Porque voltar é esquisito...

Eu queria muito voltar, estava toda empolgada e cheia de planos. Voltei feliz, me sentia voltando para o passado e futuro. Ok, tô cafona.

Mas o fato de voltar por opção não minimiza esse efeito esquisito da volta.

Já me questionei se era frescurite aguda, mas não é. Já tive várias oscilações de humor e dúvidas. Não estou arrependida, não se trata disso. É outra coisa que não sei explicar direito ainda! :P 

Desembarcamos há menos de um mês e aconteceu de tudo: aquela alegria de encontrar amigos e familiares, churrascão a la uruguaia de boas-vindas e toda sorte de mimos gastronômicos que um expatriado tanto deseja. 

Viajamos para o litoral, pegamos praia e sol até às 22h (ah, o verão nas terras do sul!), consegui uma entrevista de emprego com apenas 2 dias no país e logo depois comecei a trabalhar. 

Nos dias seguintes, continuamos recebendo e fazendo visitas, indo ao trabalho, redescobrindo a cidade e marcando presença nos nossos cantinhos preferidos de outrora. 

As primeiras contas começaram a aparecer e ainda seguimos buscando apartamento para alugar. 

A vida foi ganhando cara de rotina novamente. E as comparações com o que ficou para trás foram crescendo e ficando mais duras.

Quando mudei do Brasil para o Uruguay o choque cultural foi pequeno, foi relativamente fácil me encaixar na vida daqui, eu me sentia mais tranquila e segura, passou rápido a transição de turista/recém-chegada/moradora.

Sair do Uruguay para ir a Irlanda tampouco foi uma mudança marcada por grandes dificuldades de adaptação. É bem verdade que não tinha essa sensação de ter a cidade como minha, ainda assim me sentia muito comoda lá.

Mas vou te contar que deixar a Irlanda e voltar ao Uruguay está sendo mais difícil de processar nessa minha cabecinha: basicamente não entendo porquê, já que sinto falta, mas não quero voltar, pelo menos não agora.

Aí junta com o lado não tão bacana da realidade: já não me sinto tão segura como antes em Montevideo e fico pensando como tudo pode ser tão caro, qual a mágica que esse povo faz? Qual a mágica que eu fazia, hein?

Tenho crises sempre quando volto do supermercado, morro de saudades do Dunnes, morro de saudades de comprar meus queijos, doces e outras bobagens por 2 euricos ou menos, além das coisas básicas como 'comida de verdade', frutas, produtos de limpeza e higiene e não me sentir lesada no caixa. 

Dá um nó na garganta quando somo meu salário e o do Pablo e vemos que o que ele ganhava em Dublin era 30% mais desse valor. Ele, apenas ele trabalhando lá, conseguia mais do que nós dois trabalhando aqui. E não tem essa que o custo na Irlanda é mais alto, só aluguel é realmente mais alto, o resto como gasolina, alimentação e lazer estamos gastando a mesma coisa, mesmo fazendo a conversão. 

Já sabiamos de tudo isso, já tinhamos feito contas antes de tomar a decisão de voltar, aí você pode se perguntar 'então tá reclamando do que, fia?'. 

Não sei, na verdade isso não é uma reclamação propriamente dita, talvez seja mais uma constatação e um desabafo (aprendi a desabafar no brogue e achei terapêutico hehe). 

Mesmo conhecendo as dificuldades de antemão, não deixa de ser esquisito, e vai levar um tempo para me ajustar a nova-velha realidade.

Sinto falta de Dublin, falta da cara da cidade, dos parques, da luta com o inglês, das pessoas queridas que conheci, dos pubs e cafés, do povo fazendo música nas ruas, de planejar a próxima viagem no site da Ryanair. Mas essa parte é a saudade gostosa, aquela que a gente lembra e vem um sorrisinho na cara.

Não posso negar que há muita alegria na volta, principalmente por estar perto da família (nesse caso a do Pablo que a esta altura já é minha também), andar de chinelo por aí, ver o por do sol na rambla (como me faz bem e como extrañaba) e estar trabalhando. É, gosto de bater cartão na firma, mesmo ganhando pouco hehe. 

E ainda falta a visita a Bahia para encher o coração - e barriga - de felicidade, estou contando os dias para ir como sempre.

A experiência em Dublin marcou mais do que cheguei a pensar... a gente muda, né? E agora só o tempo vai dizer como essa esquisitice vai se comportar! ;)


P.S. o blog tá paradinho porque ando correndo como louca, mas ainda quero contar da viagem a Ásia, Bruxelas, Amsterdam e um montão de coisa!