terça-feira, 17 de maio de 2011

10 coisas para fazer em Salvador!

Como o post que mais faz sucesso aqui no blog é sobre Salvador, minha terrinha querida, resolvi fazer uma listinha de 10 coisas “imperdíveis” na cidade sob o meu ponto de vista, claro!

Adianto que não são dicas exatamente “turísticas” nem sobre os lugares mais badalados do momento (que em Salvador mudam numa velocidade impressionante, o estabelecimento bacana de hoje, pode ser totalmente over amanhã!), muitas coisas estão fora do circuito turístico clássico (outras dentro!):

1)Centro histórico de Salvador: além do famoso Pelourinho, há outra zona bem interessante da parte histórica chamada Santo Antonio, tem muito hotel/pousada também, acho que até melhores que no Pelourinho, e restaurantes conhecidos pelos petiscos delicinhas.

Ah, na visita ao Pelourinho, não deixe de visitar a belíssima Igreja de São Francisco.

2) Mercado Modelo e Forte de São Marcelo: para quem curte artesanato local, vai encontrar muita coisa aí (eu só acho os artesanatos bem parecidos, inclusive nos preços, mas é tudo tão perto – o Mercado está em frente a entrada/saída do Elevador Lacerda - que eu recomendaria ao menos uma voltinha).

E o forte por sua vez, fica bem em frente ao Mercado Modelo (o forte está dentro do mar, pega-se um barquinho no terminal, se não me engano custa 10 reais), de lá você tem uma vista linda da parte histórica e da cidade alta de um ângulo pouco explorado pelos viajantes, rende ótimas fotos!

3)JAM (Jazz no MAM - Museu de arte Moderna, na Avenida Contorno):  o MAM é muito bacana, é um museu que conta com um acervo de esculturas a céu aberto, um visual incrível à beira-mar e aos sábados o por do sol fantástico é embalado ao som de jazz ao vivo por apenas R$5. 

Tem barraquinhas vendendo cerveja e acarajé, ambiente super despojado, esqueça salto e make up elaborado, é realmente imperdível!

4) Ainda pela na cidade baixa, que tal passear pela Ribeira, Bomfim, Mont Serrat, Humaitá? Aí você vai ver uma Salvador, digamos menos moderna, são bairros mais antigos, no passado eram bairros tradicionais e hoje conservam lindas paisagens e em muitos pontos o por do sol também é lindo de ver.

Acho o Forte Montserrat fantástico, está localizado em Humaitá (já coloquei algumas fotinhas aqui. Evite ir domingo, a região fica lotada de gente, eu gosto de exclusividade e tranquilidade, baby! rs).

A Igreja do Bonfim dispensa maiores comentários, símbolo maior da fé baiana e do nosso sincretismo religioso, em janeiro as escadarias da igreja tornam-se palco de uma das maiores festas populares, a lavagem do Bonfim.

Se puder, pegue o barco na Ribeira para o subúrbio e vá comer uma moqueca ou qualquer outro quitute tipicamente baiano no restaurante Boca de Galinha (famoso em toda Salvador– sempre há filas, creio que só funciona de sexta a domingo, linda vista para a Península Itapagipana, mas extremamente simples), na volta se delicie na sorveteria da Ribeira, a mais famosa da cidade, prove os sabores exóticos dos sorvetes de todas as frutas tropicais.

5) Farol da Barra, Morro do Cristo e Porto da Barra - a praia do Porto é a minha preferida durante a semana (de novo digo que fica impossível no final de semana, em especial no domingo), águas tranquilas, sem ondas, é possível alugar cadeiras e guarda-sol.

E o por do sol no Cristo ou no Farol também vale muito a pena, no farol tem que ir para a parte do fundo, é lá onde as pessoas se concentram e assistem ao espetáculo: no final há aplausos, acho digno rs!  

6) Largo de Dinha no Rio Vermelho – escolher o “melhor acarajé” em Salvador é difícil, os 3 mais recomendados são o de Dinha, Cira e Regina. Esqueça a dieta, experimente os 3 e escolha o seu!

Isso do acarajé aliás é um tema importante, não comam qualquer um na rua, principalmente se nunca provaram, não tem nada pior que um acarajé mal feito, sem contar que é uma comida pesada e comer de qualquer tabuleiro da rua pode deixar péssimas recordações, se é que me entendem…

Voltando ao largo de Dinha, eu era cliente fiel da simpática pracinha, trabalhava ali do lado e era caminho para ir a faculdade, ou seja, parada fácil para o happy hour com as amigas, ficavamos de bobeira tomando uma cervejinha e comendo um acarajé. #bonstempos

É uma praça com vários bares simples, cadeiras e mesas de plástico, hippies e vendedores ambulantes por vezes te importunando, mas pra mim tem um certo encanto, não sei, gosto do astral dali e não tem muito como explicar.

Em volta da praça há muitos bares de diferentes estilos e tribos, você escolhe o que mais te apetece. O Rio Vermelho é o bairro mais boêmio de Salvador! Por aí tem o pub Twist – concorrido, “da modinha”; o bar A Padaria, também bastante apreciado pela juventude local, sempre cheio, bonitinho e barulhento; o bar Postudo mais alternativo e com uma linda vista ao mar do Rio Vermelho de onde sai os barcos na festa de Yemanjá; os bares de samba Ali do Lado, São Jorge e Jequitibar, etc.

6.1) Boteco São Jorge e Jequitibar (bar do teatro SESI), adoro esses dois bares de samba no Rio Vermelho, por isso os colocarei em destaque rs! São bonitinhos, sem aquele clima fake dos lugares “da modinha” com as menininhas e menininhos iguais – tô ficando velha, chata e repetitiva com isso, sorry!

O Jequitibar tem um público menos jovem, mas não menos animado, tem que chegar cedo para garantir lugar, o espaço é pequeno e às 21:30 já não entra mais ninguém, sou fã da banda de sábado!

O São Jorge tem público de toda faixa etária, o bar é temático de samba, um pedaço do RJ em Salvador.

6.2) Borracharia, também no Rio Vermelho – a-m-o! Provavelmente será a balada mais inusitada – e divertida - que você irá em Salvador, é uma danceteria diferente de tudo, de dia é realmente uma borracharia e de noite vira boate (atenção meninas, o piso é irregular e se não quiser dar de cara com um dos pneus do ambiente, melhor deixar o salto agulha na mala e ser feliz com uma sapatilha ou um salto que te dê estabilidade). 

Set list bem variado, tem músicas de todo tipo, antigas, novas, remixadas, uma delícia! Ótimo DJ, gente descolada, começa a bombar tarde levando em conta os parâmetros baianos – 1h da manhã, eu sempre ia dia de sexta-feira, é bem concorrido e muitas vezes os desavisados já me pararam na fila e perguntaram o que acontecia “ali”, porque tinha tanta gente na porta de um borracharia a noite rs.

6.3) Saindo do Rio Vermelho, mas ainda com bares/restaurantes, se a ideia é dançar forró, indico o restaurante Sertão Bom, com decoração toda rústica, que parece mesmo o sertão, tem forró da melhor qualidade toda semana, de quinta a sábado. 

E recomendo se jogar no melhor da comida nordestina aí, do farto café da manhã ao almoço, vale muito a pena mesmo!


7) Baiano adora um caranguejo, nada melhor que juntar uns amigos e ir tomar uma cervejinha numa tarde de domingo de frente para o mar, quebrando caranguejo e “resenhando” a semana! 

Tá, eu sei que dá trabalho, nem todo mundo tem habilidade com os bichinhos e você ainda sai do restaurante com fome, mas eu poderia dizer que isso está arraigado na nossa cultura e é uma delicia rs.

Bares para comer um bom caranguejo com pirão tem vários pela cidade, em Pituaçu estão os mais famosos, eu adoro o Cabana do João/Cabana da Celi.

8) Passar uma tarde em Itapuã. Isso lembra minha infância, meus pais sempre me levavam para as praias aí, minha maior lembrança é na Rua K.

Visite a pracinha de Vinicius de Moraes e experimente o outro acarajé do top 3: o acarajé de Cira (muito bom mesmo!) e se ainda tiver um espacinho prove a tapioca também.

Por ali está outro ponto turístico que no passado estava em todos os cartões postais: a lagoa do abaeté, não recomendo a visita pelo simples motivo de me sentir insegura e achar que o lugar está totalmente abandonado – alguém me corrija se a situação mudou!

8.1) Aí nas redondezas, aproveite para conhecer as praias mais afastadas do centro da cidade, são lindas, tranquilas, costumavam ter grandes barracas/restaurantes de praia, mas recentemente a prefeitura resolver derruba-las, não entrando no mérito político-social da questão, agradeça que ainda tem a praia para desfrutar.

Recomendo Stella Maris, Ipitanga e Praia do Flamengo.

9) Dique do Tororó, essa área foi revitalizada e hoje é onde ficam as esculturas dos orixás, independente da religião, é um lugar bacana de se conhecer se tiver tempo... tem um restaurante legal também de comida nordestina chamado A Porteira e a pizzaria Cheiro de Pizza, se quiser ainda pode fazer o passeio de barco e pedalinho, é baratinho, coisa de R$ 5,00.

10) Feira de São Joaquim, essa daqui é pra viajante que adora uma feira popular, para se jogar nesse mundinho o nível de frescura tem que ser 0!

A feira é enorme e vende tudo que você possa imaginar, muita fruta a preços módicos, artesanato – produtos de madeira, cerâmica  folhas para banhos e umbanda, etc, e se tiver coragem experimente uma das comidas pesadíssimas de lá (sarapatel, feijoada, dobradinha e me conte depois porque eu nunca tive rs! Não por achar que estaria estragada ou ruim, mas acho extremamente pesada).

Tenham muita atenção com seus pertences, a feira ficou relativamente pop, já foi tema de exposição fotográfica e de teses acadêmicas  muitos turistas se empolgam com as fotos pitorescas e os espertinhos de plantão se aproveitam.

Extra: O litoral norte está a poucos quilômetros da capital baiana, tem lugares lindos, sossegados e  outros badalados como Praia do Forte, Imbassai, Barra do Itariri, Conde, Jacuipe, há ônibus saindo da rodoviária de Salvador para esses lugares, a viagem não durará mais de 2h e se tiver em grupo ou com orçamento folgado, pode ficar mais prático alugar um carro e sair percorrendo essas belezuras praieiras!

Boa viagem!

Abraços! :)

Fotos Londres